9 Fev 1920 | Nasceu em Berna (Suíça), filho de Frederic e Anna, trabalhadores de uma pedreira. |
1926 | Emigram para a França procurando melhor vida e trabalho. |
1931 | Aos 11 anos, começa a trabalhar num hotel como cozinheiro. Chegava a trabalhar 15 horas por dia. |
1935 | Ingressou na JOC (Juventude Operária Católica), e gostou muito da leitura da bíblia. |
1939 | Começou a pensar que algum gostaria de ser sacerdote, mas logo nesse ano teve inicio a II Guerra Mundial. Seu pai era contrário a sua vontade de ser padre, e então Alfred se alistou como voluntário no exército francês. |
Combateu contra os alemães. Foi preso e levado para o campo de concentração na Áustria, trabalhando como cozinheiro. | |
No campo de concentração iniciou um círculo de leitura da bíblia, junto com outro prisioneiro protestante. Atendiam os doentes e os curavam. | |
1945 | Entra no Seminário depois de terminada a Guerra, em Fontgombault (França), acompanhado pelos Filhos da Caridade. |
1954 | Foi ordenado sacerdote em Paris, e depois foi trabalhar para o Canadá, num bairro de operários. |
1968 | Desejoso de trabalhar em países mais pobres, veio para o Brasil, na cidade de Crateús. Começou a viver com os pobres que eram vítimas do sistema de fazendas naquela região semi-árida. |
O sofrimento que ele mesmo viveu na sua vida, e que partilhou com tantos pobres, o levou a meditar cada vez mais no SERVO SOFREDOR, figura profética do livro de Isaias. | |
1968-1971 | Viveu três anos no bairro da prostituição de Crateús, onde atendia todos os mais pobres, no barraco da falecida Antonieta. |
1977 | Cria um pequeno grupo que deseja fazer retiros espirituais com o Pe. Alfredinho, e crescer na espiritualidade do Servo Sofredor. |
1979 | Alfredinho, no tempo de ditadura e repressão dos pobres que chegavam à cidade procurando alimento, animou a campanha de acolhimento, com o lema “Fraternidade sim, violência não! |
1988 | Tem problemas contínuos de saúde, e foi viver para a favela Lamartine. |
1995-1997 | Animado pela campanha da Fraternidade que procurava acolher os excluídos, pediu a bênção ao bispo de Santo André, e foi viver com os moradores de rua em SP. |
Ao longo destes anos um grupo de gente se vai associando ao Pe. Alfredinho, formando assim a Irmandade do Servo Sofredor. | |
Ago 2001 | Devido a insuficiência cardíaca, morreu no dia 12 de Agosto. |
FRASES DE PE. ALFREDINHO
1 | Um dia, fui chamado para assistir uma tuberculosa de 22 anos, em fase terminal, vítima da prostituição. Jamais me esquecerei do seu sorriso depois de ter se confessado, comungado e recebido a unção dos enfermos: seu rosto refletia a profunda alegria pela presença de Cristo nela. Quando morreu, 15 dias depois, tiveram que usar a porta do seu barraco para transportá-la ao cemitério. Pouco depois, aluguei aquela casa, em plena zona de prostituição". |
2 | Comenta o seguinte sobre o bairro da prostituição: “Foi aí que eu comecei a partilhar a existência dos pobres. Foi aí também que eu descobri que, para viver com os pobres, é melhor não ter dinheiro. Um dia, Dom Fragoso (Bispo) veio almoçar comigo. Eu lhe disse que esse bairro era um santuário e lhe contei as maravilhas das quais eu era testemunha. Foi para mim uma escola extraordinária. |
3 | Foram as vítimas da prostituição que ensinaram a viver o Evangelho. |
4 | Aprendi nesta escola do povo do nordeste a saber viver com poucas coisas e evitar o esbanjamento. |
5 | Alfredinho aprendeu a ter paciência e esperar, caminhar no ritmo dos pobres. A acolher cada pessoa como é, respeitando totalmente sua individualidade. |
6 | Meu encontro com Alfredinho e a Irmandade me ajudou a descobrir minha mediocridade. Ele me convidou mais de uma vez para deixar a casa do bispo e ir morar com ele em sua casa, rezar junto com o povo, acolher mais como um pastor bom do que como um administrador, e eu confesso que não tive coragem. Ma ajudou também a simplificar minha vida de bispo e a priorizar os pobres em meu ministério e em minha pastoral… Penso que a mensagem deixada por Alfredinho é, em resumo, a seguinte: amem os pobres, acreditem nos pobres, sejam pobres, acolham a boa nova que vem dos pobres no seguimento de Jesus de Nazaré, o Bem-Amado (D. Fragoso, bispo de João Pessoa). |
Um comentário:
Tenho grande admiração e respeito pelo Padre Alfredinho. Cada informação, cada leitura a respeito dele me encanta. Infelizmente não o conheci, nem sequer o vi de longe. Mas, cada vez mais o admiro. Cada leitura, cada informação a respeito dele me encantam e tocam meu coração pela pela paz que transmite, serenidade, docilidade, pela entrega total e desprendida a Deus e ao sacerdócio, pela profundidade na fé. Para mim, trata-se de um santo dos tempos atuais. Um exemplo para sacerdotes e leigos. Penso que a história e a trajetória dele deveriam ser mais divulgados. Sempre que posso, falo a respeito dele para as pessoas. Acho triste que a grande maioria não o conheça. Há de chegar o momento da canonização dele. Difícil entender porque ainda não aconteceu.
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