Objetivo do encontro: Conduzir os jovens à reflexão sobre qual o seu papel na Igreja e na sociedade, e de como promover uma PJB que fomente, alimente e favoreça o protagonismo juvenil, a partir dos grupos de base.
Tema central: Protagonismo Juvenil.
Eixos de reflexão: Juventude na comunidade local; Juventude na Igreja; Juventude na transformação das estruturas; Juventude e participação popular.
Iluminação Bíblica: “Brilhe a vossa luz diante dos homens” (Mt 5, 16).
Frase iluminadora: “Nesta gestação de sonhos e utopias os jovens foram e continuarão sendo a vanguarda, porque, olhando para o futuro, são eles os que têm mais razões e motivos para sonhar, para fazer planos, para imaginar utopias, para fixar um norte que supere um presente de insatisfações.” (Juan Carlos Rodriguez Ibarra)
AMBIENTAÇÃO
Fotos e imagens de jovens espalhados pelo cenário; vela, prato com sal, cruz e bíblia. Três cartazes em cartolina: um com a iluminação bíblica, outro com a frase iluminadora e um terceiro com a expressão “Protagonismo Juvenil”. Música de fundo que fale sobre transformação da realidade (sugestões: “Quando o dia da paz renascer” – Pe. Zezinho; “A paz que eu não quero” - Rappa; “Amanhã” – Guilherme Arantes).
ACOLHIDA
Dois jovens deverão acolher os membros que chegam lavando-lhes as mãos, com jarro e bacia, sem nenhuma fala, e orientá-los para que se sentem em círculo, em torno da ambientação.
ORAÇÃO
O/a animador/a do encontro pede para que os jovens olhem suas mãos, contemplem-nas, acariciem-nas. Depois pede que façam isso com as mãos da pessoa que está ao lado: olhar suas mãos, contemplá-las... Depois pede para que todos se dêem as mãos e recita o texto:
“Certa vez duas mãos encontraram-se num pedaço de carvalho velho.
Duas mãos que nunca antes tinham se tocado,
Duas mãos que não conheciam a ternura uma da outra,
E que, por poucos segundos, sentiram-se, trêmulas, uma apoiando a outra,
Uma segurando a outra, uma socorrendo a outra...
As mãos de um pobre Galileu, suadas, sangrando, sofrendo as dores do mundo,
Suportando a cruz por amor;
As mãos de um humilde Cirineu, suadas, sofridas, calejadas de tanto trabalho,
Suportando a cruz com vigor.
No sangue e no suor, as mãos se confundiram:
Carregavam a mesma cruz,
Mas eram mãos de ressurreição.”
Após a declamação, podem cantar o mantra: “Vem, sente as minhas mãos (2x) / O amor é a essência (2x) / que toca o meu ser / e acalma o coração!”
Não conhecendo o mantra, poderão rezar o Pai-Nosso de mãos dadas, reforçando o sentido do dar as mãos (encontro, suporte, apoio, carinho, compromisso...).
ANÁLISE DA REALIDADE - VER
Iniciar este momento de reflexão com o canto “Coração Livre” (segue arquivo anexo com a música em Mp3). (Tempo estimado, 20min):
Coração Livre
Jorge Trevisol
A F#m
Eu vejo que a juventude tem muito amor
A D
Carrega a esperança viva no seu cantar
A
Conhece caminhos novos não tem segredos
D E A
Anseia pela justiça e deseja a paz
E A F#m
Mas vejo também a dor da insegurança
A D
Que dói quando é hora certa de decidir
A
Tem medo de deixar tudo então se cansa
Bm7 E A
Diz não ao caminho certo e não é feliz
C#7 F#m
Hei juventude, rosto do mundo
C#m7 F#7 Bm7
Teu dinamismo logo encanta quem te vê
Dm7 A
A liberdade aposta tudo
E A
Não perde nada na certeza de vencer
A F#m
Vai, vende tudo que tens
A D
Dá a quem precisa mais
A
Vem e segue-me depois
D E A
Vem comigo espalhar a paz
C#7 F#m
Jesus convida, conta contigo
C#m7 F#7 Bm7
Mas é preciso ter coragem de morrer
Dm7 A
Coração livre, comprometido
E A
Partilha tudo sem ter medo de perder
Convidar o grupo a conversar sobre algumas expressões que aparecem na letra desta música, perguntando aos participantes o que entendem por:
a) Juventude “conhecer caminhos novos”
b) “Dor da insegurança” da juventude “que dói quando é hora de decidir”
c) Juventude como “rosto do mundo”
d) “Dinamismo” dos jovens que “encanta quem os vê”
e) “Não perder nada na certeza de vencer”
f) “Vender tudo o que se tem para seguir o Cristo”
g) “Coração livre e comprometido”
(Se os jovens forem tímidos e houver pouca participação, peça para conversarem em duplas ou trios e depois partilhar o que conversaram. Essa é uma boa dica pra grupos que estão iniciando!!!)
A partir das participações do grupo, quando as reflexões estiverem encerrando, apresentar o questionamento final, sobre o tema do encontro de hoje “Protagonismo Juvenil”:
Nos diversos ambientes em que você está (exemplos abaixo) os jovens participam ATIVAMENTE nas decisões, organizações e trabalhos efetuados? Sim? Não? Por quê?
a) seu grupo de jovens,
b) em sua comunidade (paróquia),
c) em sua associação de moradores,
d) em sua escola / colégio / faculdade,
e) nas organizações pastorais da juventude (paróquia, setor pastoral, arquidiocese),
f) na Igreja,
g) em nossa sociedade (Curitiba, Paraná, Brasil),
h) outros...
O seguinte texto pode auxiliar o animador da reunião a iluminar o debate acerca do Protagonismo Juvenil.
NÃO FAÇA SIMPLES LEITURA DO TEXTO PARA O GRUPO!!!
O texto serve para ajudar a quem está na animação do encontro. A simples leitura pode tornar o encontro monótono e pode levar os jovens a não querer participar das discussões! Lembre-se: é mais importante ouvir a todos e construir juntos! O texto é uma ajuda!!!
O QUE É O PROTAGONISMO JUVENIL?
Protagonismo é a atuação dos jovens através de uma participação construtiva. Envolvendo-se com as questões da própria adolescência/juventude, assim como, com as questões sociais do mundo, da comunidade...
Pensando global (O planeta) e atuando localmente (em casa, na escola, na comunidade...) o adolescente pode contribuir para assegurar os seus direitos, para a resolução de problemas da sua comunidade, da sua escola...
Protagonista é...
Aquele ou aquela que protagoniza. A palavra protagonista vem do grego Protagonistés .O principal lutador. A personagem principal de uma peça dramática, pessoa que desempenha ou ocupa o primeiro lugar em um acontecimento. (Novo Dicionário Aurélio).
Por que protagonizar?
A maioria dos jovens tem muitas questões, desejos, sonhos... e buscam respostas. Algumas questões vêm da própria fase que estão vivendo, mudanças corporais, primeiro amor, primeiras descobertas, experiências religiosas... Outras questões são impostas pela desigualdade social e pelas injustiças. A estes e estas falta escola pública de qualidade, o atendimento à saúde, a segurança, o lazer.
Os jovens também podem encontra respostas para seus problemas e questões e podem ajudar nas soluções, mas para isso precisam da referência dos adultos, de escuta e parceria...
Como diz o Professor Antonio Carlos Gomes da Costa: Reconhecer o adolescente e o jovem, não como problema, mas como parte da solução é meio caminho andado..... Por isso é necessário e urgente abrir espaços e facilitar processos que permitam a participação efetiva de crianças, adolescentes e jovens na construção do modelo e da dinâmica social da sua comunidade, da Igreja, do seu país, do planeta.
É direito de todos os jovens e adolescentes, enquanto cidadãs e cidadãos participar da definição dos modelos de atendimento aos seus direitos como a escola, a saúde, o lazer... E é dever do Estado, da família, do adulto, abrir espaços para a escuta, a expressão o aprendizado. Só assim podem desenvolver-se, agregar valores e atuar em prol de uma coletividade.
Como e onde protagonizar?
Na escola, no centro de saúde, em grupos organizados da comunidade, nas Igrejas... Trocando aprendizados, construindo novos saberes, democratizando informações, construindo estratégias, desenvolvendo ações em parceria.
Texto adaptado. Autora: Maria Eleonora D. Lemos Rabêllo
Iluminados pela Palavra – JULGAR
(Tempo estimado: 15min).
Terminada a reflexão, um jovem com boa capacidade de leitura pega a Bíblia. Acompanham-no lado a lado dois jovens: um com a vela, outro com o prato de sal.
Cantar um canto de aclamação ao Evangelho ou de acolhida da Palavra de Deus que seja bem conhecido de todos. Enquanto se canta, passar de mão em mão a vela e depois o sal. Se alguém desejar, poderá colocar um pouco de sal na língua para experimentar seu sabor enquanto canta.
Após todos participarem do gesto e encerrado o canto, o jovem com a bíblia proclama a leitura pausadamente:
Mateus 5, 13-16: Sal da terra e luz do mundo
Partilha da Palavra
Convidar os jovens a partilhar o que experimentaram neste texto bíblico. Cada um poderia partilhar uma palavra ou versículo que chamou a atenção.
Pistas para a Reflexão
- Este texto segue imediatamente o anúncio das Bem-Aventuranças. Jesus se apresenta como o novo Moisés que sobre o monte apresenta a Nova Lei aos seus discípulos.
- Diferentemente da lei antiga, a Lei de Cristo é da liberdade. Por isso está escrita no coração humano. Jesus acredita nas pessoas, acredita que o ser humano tem potencial para fazer o bem sempre e sempre amar. Por isso seus discípulos são os anunciadores de uma vida nova.
- Os jovens discípulos de Cristo são a luz que anuncia a bondade e a bem-aventurança humana. Ser verdadeiramente humano é saber amar sempre, procurando identificar-se especialmente com aqueles que mais sofrem.
- Os jovens discípulos de Cristo são também os responsáveis por dar sabor à vida humana, anunciando a boa-nova do Reino presente já no meio do mundo.
- Os jovens tem em si a capacidade já a capacidade de produzir o novo. Devemos confiar no potencial da juventude e abrir espaços para que ela se sinta livre para ser de fato a mola propulsora da descoberta de novos meios de transformação do mundo.
Mãos à Obra! - AGIR
(Tempo estimado: 25min)
A PJB acredita no jovem e nos seu potencial! Aproveitamos este encontro para escutar o que os jovens desejam para seu grupo e para as estruturas das pastorais da juventude de nossa Arquidiocese. Por isso propomos a seguinte dinâmica:
Formar dois subgrupos (1 e 2), que deverão sentar-se em pontos diferentes da sala. Dar a cada subgrupo três pedaços grandes de papel bobina (aproximadamente um metro cada) ou três cartolinas, distribuindo igualmente entre eles o material restante.
Solicitar que construam três painéis que representem, respectivamente:
GRUPO 1:
a) A situação atual do nosso grupo de jovens
b) A situação atual da PJB em nosso Setor Pastoral (Grupos de jovens das paróquias vizinhas, conforme arquivo em anexo)
c) A situação atual da PJB a nível diocesano (Organização, eventos, auxílio aos grupos de base)
GRUPO 2:
a) O grupo de Jovens que gostariam de ter
b) A PJB setorial que gostariam de ter em seu Setor Pastoral (Como gostaríamos que a integração dos grupos no Setor ajudassem nosso grupo, e vice e versa)
c) A PJB a nível diocesano que gostariam de ter (que organização arquidiocesana poderia ajudar melhor nossa ação evangelizadora enquanto jovens)
Cada subgrupo apresenta o seu painel.
O animador prende os painéis na parede, pedindo aos subgrupos que se sentem em semicírculo, de frente para os cartazes.
Solicitar que todos os participantes comentem os trabalhos apresentados em relação aos seguintes pontos:
a) Quais as semelhanças e as diferenças mais significativas entre os painéis?
b) O que falta ser dito ou colocado?
c) O que acha que não corresponde à sua opinião?
Plenário: discutir com o grupo como a PJB que se tem pode se transformar na PJB que gostaríamos de ter e como cada um pode participar nessa transformação nos diversos níveis (Grupo, Setor, Arquidiocese).
O Secretário anota o conteúdo dos painéis e as falas dos participantes, entregando este material a um dos delegados que estará presente na Assembléia Arquidiocesana da PJB.
Oração de encerramento
Todos dão-se as mãos ao redor dos símbolos do encontro, somando a eles os painéis produzidos pelos grupos.
Olhar os símbolos num instante de silêncio ao mesmo tempo em que apertam firme (sem machucar...) as mãos dos que estão ao lado.
Canto (está em mp3 nos anexos)
Aproveitar para cantar de mãos dadas e, se for possível, girar em roda dos símbolos.
MOMENTO NOVO
(Ernesto B. Cardoso - Tércio Janker e outros)
Em Am Em D G
1. Deus chama a gente pra um momento novo / De caminhar junto com seu povo.
F# Em C B
É hora de transformar o que não dá mais, sozinho, isolado, ninguém é capaz.
E C#m7 F#m B7 (Em)
/: Por isso vem, entra na roda com a gente também, você é muito importante :/ (vem)
2. Não é possível crer que tudo é fácil, há muita força que produz a morte. Gerando a dor, tristeza, e desolação, é necessário unir o cordão.
3. A força que hoje faz brotar a vida, atua em nós pela sua graça. Deus é quem nos convida para trabalhar, o amor repartir e as forças juntar.
Após o canto, convidar todos para a oração Pai-Nosso e do Espírito Santo, pedindo as luzes para a Assembléia Arquidiocesana.
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